A vida humana está intimamente vinculada ao processo de comunicação; muitas das nossas atitudes decorrem de estímulos que recebemos e de pretendermos produzir estímulos capazes de “Influenciar Alguém”.
Poderíamos equacionar a medida do valor de uma personalidade, considerando a “proporção de influências que o indivíduo sofre e a intensidade da influência que deixa entre os que o cercam”, o que equivale a dizer que é a relação entre o poder das comunicações alheias em comparação com as da pessoa. O homem é aquilo que consegue comunicar ao seu semelhante, sociedade onde vive. O que pensamos de fulano depende do que ele conseguiu comunicar a nós sobre si mesmo. Assim, se colocarmos lado a lado dois indivíduos de habilidades profissionais idênticas, a comunicação mais efetiva será o fator decisão da escolha. Toda personalidade é pois, comunicativa. Na competitiva sociedade de nossa época, é de grande importância a habilidade individual de projetar a “personalidade”, ou seja, de comunicar traços positivos de inteligência, pertinácia e capacidade. Comunicamos muito mais do que supomos, pois, além da escrita e da palavra, existem as figuras ou imagens que sugerem pensamentos; os gestos que transmitem atitudes, ação que transmite procedimentos; odores que marcam afinidades; sons que estimulam as emoções, e o tato que delimita a ação pessoal. O que lemos, ouvimos e vemos traz sempre uma mensagem implícita à busca da originalidade, mesmo que seja para pior, – destruindo valores, complicando a vida de todos e tumultuando a dos medíocres – (os únicos que têm possibilidades de alcançar uma relativa felicidade na sociedade em que vivemos). Existe uma preocupação constante de influenciar alguém, com objetivos econômicos, emocionais e de poder; até os mais inocentes encontraram na influenciação uma reafirmação de sua capacidade e de seu poder. A “comunicação” é a arma por excelência do homem civilizado na sua desenfreada competição, buscando coisas que, às vezes, não deseja realmente ou que jamais poderá utilizar. A elaboração mental dos homens sociais comuns é limitada, pois eles não têm capacidade criadora e ficam acomodados com os reflexos condicionados que lhes impuseram. Através das boas comunicações, é possível aumentar a coordenação administrativa e social, numa verdadeira sincronização de esforços que produz a sinergia. Indivíduos, instituições, religiões e filosofia muito conseguiram no decorrer da História, porque souberam e puderam fazer com que as pessoas adotassem os objetivos visando como se fossem os seus próprios e, ao realizá-los, encontram a sublimação que alivia a frustração geral.
O mais modesto cidadão sabe o que se passa dentro da sua empresa e na sua sociedade, a verdade fica cada vez mais difícil de ser escondida; os poderosos sabem disso e procuram prejudicar a sua difusão, fazendo-a sucumbir no meio de uma enxurrada de informações conflitantes ou despistadoras, para confundir propositadamente o recebedor. O mundo caótico em que vivemos é prova disto e o esforço por uma comunicação humana mais efetiva pode representar decisiva contribuição para melhorá-lo. Mas, neste exato momento, no aqui e agora, ainda não sabemos, nem temos a certeza se realmente, é isso que desejamos. Administrar é realizar coisas através de pessoas, funcionalizando o organismo e levando-o a produzir eficiente e continuamente para a realização de um propósito previamente definido, Consiste, em última análise, em transformar idéias em ação e, esta, em bens materiais ou serviços. É, pois, necessário um mecanismo de comunicação que, por exemplo: transforme uma ideia num automóvel. Da eficiência do mecanismo de comunicação vai depender o custo administrativo e o custo total de um produto ou serviço e, consequentemente a amplitude do mercado, a possibilidade de salários elevados, o aumento do padrão de vida o ajustamento das massas no sentido material isto é, a possibilidade de ter o que “viu. conheceu e desejou”.